“Afinal, o Universo terá cerca dois biliões (milhões de milhões) de galáxias, ou seja, dez vezes mais do que se pensava até agora “ (Jornal Público 14 Out 2016).
[Ver fontes da notícia abaixo]
Não. Nem sequer vou falar dos 'biliões' e 'milhões de milhões' (!?) Vou comentar outra coisa.
Acho espantoso e até de alguma presunção, que alguém decida quantificar o número total de galáxias! Como a notícia está redigida, até parece que estão a falar de Universo como uma espécie de espaço devidamente encaixotado, onde com um bocado de paciência, jeito, instrumentos adequados e extrapolações, será uma questão de tempo até conseguirmos contar os objectos que por lá se encontram!
Não li o comunicado original de Nottingham, mas admito que estivessem a referir-se ao Universo observável. Mesmo dando de barato que estaremos certos quando datamos o Universo de alguns milhares de milhões de anos (embora seja minha convicção que se trata de uma teoria que um dia fará sorrir qualquer jovem do Ensino Secundário', tal como hoje nos rimos do 'éter' e do 'flogisto'...), é óbvio que por muitos super-instrumentos que venhamos a ter, nunca nos será possível observar para lá do horizonte temporal resultante da distância a que certos corpos estão de nós e cuja luz (ou qualquer outra radiação electromagnética ou corpuscular) ainda demorará milhões de anos a cá chegar.
Espero que os cosmologistas aqui do site nos ajudem a perceber melhor esta 'descoberta' (ou a 'notícia desta descoberta'...). Obrigado.