Maxwell provou que as ondas eletromagnéticas viajam à velocidade da luz, que também é uma onda eletromagnética.
Postula-se que a Informação obedece à mesma velocidade e cita-se, como exemplo, que, se o Sol desaparecesse, levaríamos cerca de oito minutos para tomarmos conhecimento do fato, uma vez que a informação de que o astro não está mais lá acompanha a velocidade da luz, a que ele emitiu no último momento de 'vida'.
Entretanto, o modelo padrão postula que - se olharmos, se fôssemos capazes de olhar, para uma distância bem grande - poderíamos quase chegar no momento da criação, havendo uma barreira ao momento zero.
Mas - me parece como leigo -, nos momentos próximos ao início da inflação cósmica, toda a matéria estava muito próxima uma de outra, de modo que a radiação eletromagnética, a que trouxe a informação de que o Universo fora criado, já havia atingido todos os pontos existentes e a nossa Terra, naquele momento pulverizada em partículas subatômicas e 'testemunhas' da Criação, já recebera a mensagem.
Poderíamos, então, afirmar que agora - 13,7 bilhões de anos após a criação - surpreenderíamos o evento mais uma vez? Logicamente isto procede?
Parece-me que só se pode presenciar qualquer evento uma única vez. Pode-se guardá-lo para revisão, como se faz nos filmes e meios audiovisuais magnéticos, mas não 'visão', como se fosse a primeira vez, pois ele pertence à fatia de tempo daquele seu 'agora'.
A não ser que a expansão tenha se dado a uma velocidade maior que a da luz - fugindo à regra da velocidade máxima a que um corpo pode se deslocar, pois não se trata de matéria, mas de um tecido incógnito chamado espaço -, as galáxias, os astros em geral, como boias flutuantes num líquido em movimento, se deslocaram do ponto-zero até o nosso momento a uma velocidade superior a da Informação.
Ou a expansão do Espaço deu-se como um salto quântico, aquele em que os elétrons mudam de órbita percorrendo a 'distância' entre elas de modo descontínuo, sumindo em uma órbita e aparecendo em outra, sem passar pelos 'intervalos',
Estando o observador a uma distância ainda não coberta pela velocidade da luz, poderia esperar pela informação do evento chegar até ele e ver a Criação.
O modelo padrão ao teorizar que podemos quase surpreender o momento da criação olhando para os confins do Universo me parece paradoxal.
Reforço: como leigo, imagino que podemos enxergar o passado,a formação de galáxias, mas na nossa camada, na camada em que os gases e poeiras estiverem alinhadas na circunferência a que pertencemos (considerando um universo de geometria fechada), a um raio comum do centro na Criação, sob uma visão tridimensional, a que não leva em consideração o tempo.
Nesta camada, seríamos todos velhos igualmente, mas não aparentemente, uma vez que dependeríamos da velocidade da luz para nos trazer a informação.
Com a palavra os que possam ajudar; refutando, principalmente.