Um telescópio de 150 mm de abertura, f/9,3 terá uma distância focal de 150x9,3=1395 mm. Presumo que seja um telescópio de Newton, em versão equatorial ou em versão Dobson,
Uma longa distância focal do telescópio permite a mesma amplificação com oculares de maior distância focal, mais confortáveis de usar.
Em condições normais, seria de esperar que o comprimento total do tubo desse telescópio tivesse cerca de 1,40 m. Para muitas pessoas, um tubo desse comprimento é pouco manobrável e alguns fabricantes, sabendo disso, procuram criar essa longa distância focal num tubo mais curto. Se medir o comprimento total do tubo do seu telescópio, provavelmente verificará que é bastante mais curto do que, digamos, 1,10 m. É o caso?
O que os fabricantes fazem é usar um espelho primário de relação focal mais curta, por exemplo f/6 (o que daria 900 mm de distância focal se D=150 mm), inserindo então uma lente de Barlow, permanentemente dentro do fundo do porta-oculares. Essa lente de Bqrlow, que é um sistema divergente constituído por duas ou três lentes, alonga a distância focal desde, por exemplo f/6 a f/9,3.
A vantagem consiste em acomodar uma distância focal maior sem necessidade de um tubo muito comprido. A desvantagem é que ess alente não é para desmontar e tem de lá estar sempre para que o telescópio funcione, pois a posição em que as oculares ficam leva em conta esse efeito. E se essa Barlow não for muito boa, reduzirá um pouco a qualidade das imagens observadas. É um sistema óptico divergente.
Faça um teste. Tire a ocular, só a ocular, durante o dia. Olhe pelo porta-oculares, com o seu olho afastado e meta a mão dentro do tubo do telescópio, com muito cuidado, sem tocar na aranha nem no espelho secundário. Veja a sua mão através dessa tal lente. Vê que a sua mão aparece muito pequenina? É a tal lente de Barlow integrada.
Volte a retirar a mão com cuidado.