A propósito do que foi dito na primeira resposta, encontrar M 57 é muito fácil, mesmo usando um telescópio de 100 mm. Abaixo disso, não é muito fácil. Convém usar cerca de 50x para centrar no campo e depois observar com 100x ou mais, para que o anel "abra" e se revele melhor. Aqui a abertura é vantajosa, pois permite captar mais luz.
Num telescópio de 200 mm de abertura, além de fácil o anel é evidente. Ver a estrela central dentro do anel, isso já é outra coisa: exige um telescópio com,pelo menos, 500 mm de abertura, ou perto disso.
Note-se que no caso de M57, apontar para lá um telescópio é muito fácil, mas é preciso saber algumas técnicas, fáceis de aprender. E conhecer minimamente o céu para estar à vontade com as constelações (sobretudo aquela em que o objecto referido se encontra, nesse caso a Lira). Ver melhor ou pior depende da poluição luminosa existente no local, da abertura do telescópio e ainda da experiência do observador.
É muito fácil ter a certeza de que estamos a apontar para esse objecto ou não. Não é nada difícil. Na verdade, M57 é um dos objectos do céu profundo mais fáceis de encontrar no céu.
Mais informação sobre estas técnicas pode ser obtida em:
http://www.platanoeditora.pt/index.php?q=C/BOOKSSHOW/18
Quanto a Plutão, tendo um telescópio de abertura suficiente (no mínimo 250 mm de abertura, mas será preferível 300 mm ou maior), a única dificuldade é realmente distingui-lo entre as imensas estrelas que se vêem no campo visual observado. Tem aparência de estrela e não é perceptível nenhum disco.
Só o registo fotográfico, com imagens colhidas com alguns dias de intervalo, comparando-as entre si, permitirá distingui-lo porque muda de posição em relação às estrelas.
Guilherme de Almeida