Trago novas notícias sobre esta questão. Segundo o Cosmologista português Prof. Nelson Nunes, a quem coloquei a pergunta, a resposta (que agradeço) será a seguinte:
Um dia o Universo vai ficar sem estrelas?
<< A resposta rápida é que sim. Quando o combustível nuclear que faz brilhar as estrelas se esgota, elas evoluem para se tornarem um determinado género de astro frio e pouco luminoso, dependendo da sua massa.
As estrelas de menor massa terminarão a sua vida como anas negras.
Estrelas com massa inicial entre 0,08 e 8 vezes a massa do sol terminarão em anãs brancas. As estrelas com massa inicial superior a 8 vezes a massa do sol, acabarão como estrelas de neutrões ou se extremamente massivas, como buracos negros.
A expansão do Universo tem pouca importância para o destino das estrelas. Mas importa aqui esclarecer o cenário do Big Rip mencionado na resposta do Ricardo Teixeira e do João Clérigo.
O modelo do Big Rip foi proposto em 2003 porque os dados observacionais da altura, provenientes de observação de supernovas e da radiação cósmica de fundo, apontavam para um valor de w << -1, que poderia ser até consistente com w = -1.5. Este parâmetro w, corresponde à razão entre a pressão e a densidade de energia da energia escura se esta for tomada como um fluido perfeito.
De facto, para um modelo destes, a distâncias entre as galáxias tornam-se infinitamente grandes num intervalo de tempo finito. Esse momento catastrófico que resultaria no desagregar das próprias galáxias, sistemas solares, estrelas, átomos e núcleos ocorreria tão mais próximo do presente quanto mais negativo for o valor de w. Os dados mais recentes usando o satélite Planck apontam para um valor de w = -1,13 (+0,13; -0,10) onde os números entre parêntesis correspondem à incerteza no valor central. Gostaria de enfatizar que o Big Rip só acontecerá se o parâmetro w for realmente menor que -1, independentemente da abundância de energia escura, que essa conhecemos relativamente bem e é de cerca de 68% de tudo o que existe no Universo.
Entender a natureza da energia escura, isto é, conhecer o valor de w, e verificar se ele varia com o tempo ou não, é um dos desafios mais importantes da cosmologia actual. Para este efeito estão a ser usados vários aparelhos para a obtenção de dados precisos (como o Planck) e outros estão já em construção ou em fase de design (como o satélite Euclid ).>>