O sistema de suporte que refere chama-se "montagem". Existem essencialmente dois tipos de montagens: a montagem altazimutal (AZ) (imagem 1) e a montagem equatorial (EQ) (imagem 2). Cada um deste tipos de montagem existe em diversas variantes.
As montagens AZ permitem que o tubo se incline para cima e para baixo e também para a esquerda e para a direita. O primeirto destes eixos é horizontal e o segundo é vertical. Para seguir um astro é necessário actuar nos dois eixos.
As montagens EQ exigem alinhamento local pelo eixo de rotação da Terra e (depois de alinhadas) permitem que o tubo se mova em torno de um eixo paralelo ao eixo de rotação da
Terra (eixo polar) simulando o movimento aparente das estrelas, o que permite seguir um astro actuando (em princípio**) num só eixo. Permitem ainda que o tubo do telescópio se incline para norte ou para sul, em torno do outro eixo (eixo de declinação).
A escolha é em parte pessoal e em parte determinada pelo tipo de coisas que se quer fazer com o telescópio. A abordagem completa da questão não cabe no reduzido espaço de um "Post", mas pode encontrar toda a informação (e muito mais) aqui:
** A técnica de alinhamento polar das montagens EQ não é difícil, mas requer aprendizagem. Quando a montagem equatorial está bem alinhada o eixo polar fica orientado paralelamente ao eixo de rotação da Terra, permitindo imitar e seguir o movimento aparente da esfera celeste.
Devido a inevitáveis imprecisões de alinhamento (e outros factores) é necessário fazer de vez em quando ligeiríssimas correcções no outro eixo, sobretudo em astrofotografia, mas uma montagem bem alinhada permite seguir um astro, de forma motorizada, durante cerca de uma hora, para uso visual, mantendo o astro aproximadamente no centro do campo visual. Isto torna as observações minuciosas mais cómodas.
As montagens AZ de Dobson (imagem 3) são de uso muito prático, mas em geral não são motorizadas e os movimentos de seguimento têm de ser manuais, repartindo-se pelos dois eixos..