Imagine que está a ver uma lâmpada muito ao longe. Podemos medir o seu brilho aparente, traduzido na magnitude aparente, por exemplo 12. Mas, não sabendo a distância a que a lâmpada se encontra de nós, a anterior medição (referente ao brilho aparente) não nos diz se a referida lâmpada é de 15 W, de 40 W ou de 150 W.
Só depois de saber a distância e com base nessa distância e na magnitude aparente poderemos chegar à magnitude absoluta, relacionada com uma distância padrão. Só com a magnitude absoluta é que podemos saber qual a potência da lâmpada. No caso da galáxia, só depois de se saber a sua magnitude absoluta é que poderemos comparar o seu brilho intrínseco com o de outras galáxias e descobrir se é mais ou menso brilhante do que as outras. Para isso é preciso conhecer a distância a que essa galáxia se encontra.
Na resposta à pergunta das "estrelas cefeidas" está a equação que permite relacionar a magnitude aparente com a distância e com a magnitude absoluta, para estrelas.
A incerteza nas distâncias astronómicas aumenta para as grandes distâncias. Para estrelas a distâncias da ordem dos 70 anos-luz a incerteza com que essas distâncias são conhecidas é menor do que 2%. Para distâncias da ordem do milhão de anos luz, a incerteza excede 25%. Para distâncias ainda maiores, a incerteza poderá exceder 50%. Portanto, a magnitude aparente associada a uma distância incorrecta levará à determinaçao de uma magnitude absoluta também incorrecta.
Um refinamento no conhecimento dessas distâncias levará a um melhor conhecimento da magnitude absoluta e, portanto a uma melhor comparação do brilho da galáxia em questão com outras galáxias cujas distâncias se conheçam melhor. Tudo leva a crer que se melhorou o conhecimento dessa distãncia e que a galáxia em causa, afinal, está mais longe do que se pensava atá agora. Para o mesmo brilho aparente, se a distância for maior, o brilho intrínseco será maior, levando a considerar a galáxia mais luiminosa do que se supunha até então..