Os efeitos da explosão de Betelgeuse serão sentidos nas suas proximidades. Serão mesmo sentidos na Terra embora em principio sem particular perigo para a Vida (espera-se uma subida de temperatura de 4 a 5 graus, o que poderá ter consequências a nível de agua do mar, bem como alguma interferência nos sistemas electrónicos).
Estrelas "perto" de Betelgeuse irão ser igualmente banhadas na onda de radiação da explosão, mas as distâncias envolvidas são tais que provavelmente não haverá qualquer efeito nelas. Se estivessemos a falar de um sistema onde varias estrelas estão gravitacionalmente ligadas umas às outras, então poderíamos ver alguns efeitos interessantes, com atmosferas estelares a serem arrancadas as estrelas vizinhas ou mesmo estrelas completas a serem desfeitas, dependendo da proximidade e do tamanho dos intervenientes. Mas tanto quanto sabemos não existem estrelas ligadas desse modo a Betelgeuse pelo que provavelmente não lhes acontecerá nada.
Agora, se houvessem planetas a menos de 50 anos-luz de Betelgeuse, a história seria diferente. Pensa-se que se uma supernova explodisse assim tao perto da Terra, as partículas carregadas resultantes da explosão destruiriam a camada de Ozono e seriam mortíferas para formas de vida mais desprotegidas como o plankton. Mas não existem estrelas suficientemente massivas para explodir como supernova a menos de 50 anos-luz da Terra, pelo que não precisamos de nos preocupar com isso.
Se Betelgeuse explodisse, seria um espectáculo visual (seria tao brilhante como a lua cheia e visível durante o dia) e uma grande oportunidade para estudarmos mais esse capítulo final da vida das estrelas, mas não seria um evento catastrófico.
Infelizmente, porque eu estava mesmo entusiasmado com esta, Betelgeuse já recuperou todo o seu brilho natural e está agora de volta a sua actividade normal, pelo que não parece ser desta que observamos uma supernova. O que é pena, porque elas tendem a só acontecer, em média, a cada 240 milhões de anos.